Famílias que, além de amor, possuem em sua história exemplos de superação e vitória se encontraram sábado (5/11) na comemoração dos cinco anos de funcionamento da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal do Hospital Unimed. Pais, mães e muitos pequenos que receberam cuidados da equipe da unidade festejaram juntos a data com celebração ecumênica na capela do Colégio Salesiano Dom Bosco Assunção, seguida de interação entre ex-pacientes e profissionais.
O coordenador médico da unidade, o neonatologista Marcelo Junqueira, explicou que a UTI foi construída para suprir uma necessidade que a Cooperativa tinha de espaço dedicado aos bebês prematuros. Ao longo dos cinco anos, 650 bebês foram atendidos na unidade, prematuros e não prematuros. “Com os avanços tecnológicos, a gente consegue salvar bebês que há 10 anos não teriam condição nenhuma de viver. Daí a necessidade de se ter equipamentos de última geração para fazer com que tenham desenvolvimento normal como qualquer outra criança. Não basta salvar vidas, mas é importante ter cuidado com a qualidade de vida que esse bebê terá a partir de então”, afirmou. A equipe da unidade também oferece atendimento psicológico aos pais dos bebês internados.
Bianca, de 3 anos e 11 meses, filha da advogada Graziela Arthuso Furlan, 41, nasceu com má-formação na traqueia e esôfago, passou por tratamento em um hospital de Botucatu e, quando estava para ter alta, ficou um mês na UTI Neonatal da Unimed. É um caso único no Brasil, segundo a mãe. “Todos eles conhecem a Bianca, o Dr. Marcelo é médico dela e a acompanha desde então. Eles entraram para a família. Só temos a parabenizá-los e agradecer porque são a nossa segurança”, disse.
A farmacêutica Débora Angolini, 38, teve Helena, hoje com 10 meses, com 32 semanas de gestação. A gravidez era de gêmeos e Augusto não resistiu após 24 horas do parto. “A gente teve que arranjar forças. Ela ficou na UTI 19 dias e foi uma guerreira. Já no primeiro dia respirou sozinha. Como eu trabalhava no hospital, durante a internação da Helena, pude conhecer ‘o outro lado’ e valorizar ainda mais o trabalho de todos eles”, relatou.
Renan, 1, nasceu de 32 semanas com 1,5 kg e ficou 25 dias na unidade. A mãe, a fisioterapeuta Sthephany Beraldi, 27, teve pré-eclâmpsia (hipertensão) e Renan problemas no cordão umbilical. O parto teve de ser feito antecipadamente devido aos riscos para o bebê. Sthephany fez questão de participar da celebração como forma de agradecimento. “Aos profissionais e a Deus, que é quem chamamos na hora da dificuldade. É só agradecer, porque de todas as sequelas que poderia ter, ele não tem nada, é perfeito”, afirmou.