Hoje, 21 de março, é o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi estabelecida em 2006, sendo referendada no calendário oficial da ONU (Organização das Nações Unidas), com o propósito de conscientizar as pessoas sobre a importância da inclusão de quem tem a síndrome na sociedade. Diversas atividades em alusão à data ocorrem na cidade desde o último sábado.
Juliana Amaral Franco, 40, que tem Síndrome de Down, trabalha há dois anos no Hospital Unimed e disse sentir-se totalmente integrada à equipe de colaboradores do local. “Sinto-me como se estivesse em casa. Gosto muito de aprender coisas novas e tenho isso no hospital. Sou bem acolhida por todos”, afirmou ela, que atua como auxiliar de rouparia.
Para o presidente da Unimed Piracicaba, Carlos Joussef, promover a inclusão social das pessoas, independente se tenham ou não uma síndrome, significa “romper barreiras e preconceitos”. “Além disso, buscamos colaboradores com potencial de trabalho e o que temos no Hospital Unimed são colaboradores assíduos, responsáveis, comprometidos e felizes por estarem conosco”, disse o dirigente, acrescentando que o hospital aderiu, no ano passado, parceria com o Espaço Pipa — Síndrome de Down, entidade sem fins lucrativos que atualmente atende 83 famílias com algum integrante com o distúrbio genético, o projeto Hora da Notícia, criado em 2015 e que consiste em dar assistência às famílias de bebês que nascem com suspeita da síndrome nas maternidades da cidade.
Membro do conselho do Espaço Pipa, a comunicadora social Luciana Bettiol, ativadora do Movimento Down — organização que disponibiliza informações sobre a síndrome — falou ontem à noite, na Câmara de Vereadores, sobre a campanha Síndrome de Down tem Diretriz, lançada pelo Movimento com o intuito de divulgar as Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down. “A cartilha com as diretrizes existe desde 2012, mas ainda é um instrumento não massificado, então a finalidade é que os profissionais da saúde conheçam, de fato, estas diretrizes e que elas sejam colocadas em prática. Ainda enfrentamos, na sociedade, um estereótipo, muitas vezes, originado da falta de informação, inclusive por parte do atendimento à saúde”, explicou.
Segundo Euclídia Fioravante, coordenadora técnica do Espaço Pipa, a institui- ção distribuirá cartilhas com as diretrizes nas redes de saú- de pública e privada da cidade. “Este material impresso será para levar informação para qualificar o atendimento à pessoa com síndrome de Down e desmistificar alguns conceitos”, comentou.
Matéria publicada no Jornal de Piracicaba do dia 21/3/17 (Sabrina Franzol)